Até apetece perguntar o que pode um livro ter
Para encantar várias gerações,
E por mais de sessenta anos sobreviver
Com os mesmos bichos, grilos e grilões?
Escrito por Sidónio Muralha, ilustrado pelo jovem Júlio Pomar (então com 23 anos) e com adaptação musical de Francine Benoit, o livro conheceu a sua primeira edição em 1949.
Há um bichinho de conta que conta que um sapo sapinho, que até era doutor, ficou com a cabeça tonta! Um papagaio que é membro da academia da ilustre bicharada, por ser mestre em banzé, um pato marreco, grande malandreco que engole tudo o que tem ao pé, um cãozinho que cabe na mão e ainda os macacos dos cacos (ou os cacos dos macacos). De trás para a frente, tudo isto e muito mais, sabiam avós e pais!
E talvez por isso, bichos, bichinhos e bicharocos, ainda que privados da parte musical, viram-se reeditados em 1977.
E a menina que via a estrelinha todas as noites a passear... certamente na rua das violetas, onde morava a joaninha do vestido de bolinhas pretas... volta a encantar.
Poemas de bichos simples, toleirões, pedantes ou ignorantes...tudo muito actual! Num fantástico jogo de palavras quase sempre rimado, são, afinal, como todos nós, que os sabemos de cor e salteado!
Talvez seja esse o segredo de bichos, bichinhos e bicharocos, recentemente reeditado (com os três poemas musicados por Francine Benoit a poderem ser ouvidos pela primeira vez em CD) pela mão da Editora Althum.
conta...
E o bichinho de conta
contou.
1 comentário:
deliciosas memórias honradamente perpetuadas.
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